quinta-feira, julho 28, 2011

Dust in the Wind

Oi gente, como vão? Espero que bem!
Estou desenvolvendo aquela história que havia comentado, mas ainda não vou começar a publicar, vou melhorar um pouco o que já está escrito e então eu publico!
Resolvi então, publicar um dos contos mais curtos, para vocês lerem, e comentarem, por favor!
Segue abaixo...


“A Realidade de um Sonho”


 Mais um dia e eu, Kaitlin, desci para tomar meu café da manhã. Como é chato você acordar e já ouvir uma crítica sobre você. Se não é sobre sua roupa, é sobre o seu desempenho na escola. Droga. A vida é mesmo um saco, mas sempre tem algo para piorar, e no meu caso, é a minha irmã mais velha, Kelly. O tipo de filhinha que o papai sempre quis, insuportável. Ela é bonita, tem um cabelo bem comprido, ao contrário do meu, que nunca passou dos ombros... Ela só tira boas notas e tem amigos legais. Resumindo, é um saco você ter que lutar contra quem está dentro da sua própria casa...
 Naquela manhã, pensei comigo: “Nada vai me aborrecer hoje.” Mas sempre podia contar com ela para deixar-me mais aborrecida.
-               Bom dia Kailtlin, bom dia pai, bom dia mãe.
 Ambos responderam, mas eu não.
-               E então, filha, está animada com a escola nova hoje? – meu pai perguntou à Kelly.
-               Muito! Creio que este novo desafio será ótimo e atenderei as expectativas de todos!
-               Nossa... Que demais... - não agüentei, tive que caçoar dela. Que importa ir para uma escola nova, onde você vai aprender duas matérias a mais do que na que estudava?
-               Pensei que você estivesse feliz por mim, Kaitlin. – disse ela, e Deus sabe o quanto eu quis dar um soco naquele nariz empinado!
-               E estou. Pelo menos não vou mais ter que te agüentar na escola.
-               Kelly,..- meu pai levantou a voz, então resolvi pegar minhas coisas e sair fora.
 Na escola foi tudo a mesma coisa de sempre. Voltei para casa e fui direto tomar um banho. Percebi que meu shampoo havia acabado. Com certeza tinha sido ela. Infeliz...
 Sai do banho e procurei uma toalha no banheiro, e é claro que encontrei: Toda molhada!
Mas não era possível, ela estava me deixando cada vez mais irritada! Me enrolei na toalha molhada e fui procurar uma roupa. E outra surpresa: Meu guarda-roupa estava todo bagunçado! Eu a mataria... Olhei para a cama dela, ali ao lado da minha, e ela estava deitada, dormindo. Com certeza havia chegado mais cedo que eu e desarrumou tudo. Percebi que ela estava com um fone no ouvido, plugado a um mp4. Mas reconheceria o adesivo da minha banda favorita em qualquer lugar! Era o meu mp4! Aquela garota estava me tirando do sério, algo tomou conta do meu corpo, nem parecia eu... era uma fúria imensa...jamais me senti assim...olhei para o chão, e vi uma antiga máquina de escrever portátil. Peguei-a em minhas mãos e dei uma cacetada só na cabeça dela. Mas não fiquei satisfeita, dei-lhe outra e outra, desfigurei minha irmã completamente, bati muito, com muita força... seu corpo todo destroçado e ensangüentado poderia até ser dobrado em dois...e foi isso que eu fiz. Dobrei-a e coloquei embaixo do colchão. Podia parecer estúpido deixar um corpo ali, mas quase não fazia volume debaixo do colchão dela.
 E assim passou-se o dia, eu desci, depois de limpar tudo, e fui almoçar. Engraçado, mas minha mãe não perguntou da Kelly. Pelo contrário, parecia dar mais atenção a mim, e eu achei isso maravilhoso. Depois do almoço, fui sentar à beira da piscina. Sentei-me e coloquei os pés na água. Vi meu pai chegar e ele veio me beijar... Estranho, há tempos meu pai não me tratava tão bem. Mas estava adorando aquilo tudo, dei um sumiço na minha irmã, e agora fico com a vida dela... Tudo dá certo para mim,...
 Olhei através do portão e vi minha prima. Uma maluca que jamais pensara em estudar e tentara entrar num curso de judô que eu também me inscrevi e consegui a vaga. Ela parou frente ao portão e me olhou. Perguntei:
-               O que você faz por aqui essa hora, Lily?
-               Vou até o Centro de Artes e Esportes. Vou ficar com o seu lugar na aula de judô, já que você vai presa porque matou sua irmã...
 Em seguida ela foi embora e meu coração gelou. Não, ela não podia ter dito aquilo...
 Resolvi ignorar, em casa estava tudo bem e meus pais nunca me trataram tão bem. E o melhor e mais estranho: não perguntaram pela minha irmã.
 Na hora de dormir, entrei no nosso quarto. Estava tudo normal como se nada tivesse acontecido. Deitei-me na cama dela, e o pequeno volume debaixo do colchão deixava confortável ao invés de incômodo. Dormi como uma pluma...
 No dia seguinte acordei assustada. Meu Deus, ainda bem que era um sonho. Mas... Eu estava na cama da minha irmã...não importa, só foi um sonho, e eu não a havia matado...que alívio...mas quando me viro na cama, vejo saindo para fora do colchão, um braço ensangüentado e roxo...meus olhos se arregalam...e agora...sonho ou realidade?


*Dust in the Wind  (Poeira no vento) - By Kansas

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